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Descubra como funciona o olho e por que algumas pessoas precisam usar óculos

Você já parou para pensar em como conseguimos enxergar? O olho é um dos órgãos mais complexos do corpo humano, mas é possível entender o funcionamento básico dele sem muita complicação e, com isso, compreender por que algumas pessoas precisam usar óculos.

Se formos comparar nosso olho com o funcionamento de uma câmera fotográfica, a retina seria o filme – ou o chip, no caso de câmeras digitais. É, portanto, na retina que a imagem captada é decodificada e enviada ao cérebro. Localizada na parte de trás do olho, a retina tem milhões de células fotorreceptoras, que, como é possível compreender traduzindo a palavra do latim, tem a função de transformar as ondas luminosas que chegam ao nosso olho em imagens – o que, nas câmeras digitais, seria a junção dos pixels.

Dentro da retina, a região que mais tem células fotorreceptoras é a mácula. Esta região é responsável por distinguir os detalhes do que enxergamos, inclusive as cores. É com a mácula, inclusive, que os diabéticos precisam se preocupar, já que a doença pode fazer esta região do olho inchar e, em alguns casos, isso pode levar à cegueira – entenda. (LINK PARA O OUTRO POST).

Partindo desta mesma lógica, se a retina é o filme fotográfico, as lentes dos nossos olhos seriam a córnea e o cristalino. Estes dois são responsável por unir as ondas luminosas e levá-las à retina. A córnea fica na parte externa do olho, enquanto o cristalino está localizado na parte interna, atrás da pupila, que é a bolinha preta que pode ser vista a olho nú.

Por falar em pupila, ela é a responsável, junto com a íris (a parte colorida), por regular a quantidade de luz que passa para dentro do olho. Para entender o funcionamento da pupila, basta se lembrar das ocasiões em que você passou por um exame oftalmológico e teve que dilatar a pupila. A visão fica embaçada, não é mesmo? A lógica é simples: como a pupila fica maior, entra luz demais no olho e a córnea e o cristalino não conseguem filtrá-las corretamente para mandar uma quantidade adequada de luz para a retina.

Depois de compreender o funcionamento geral do olho, é possível entender como a miopia, o astigmatismo e a hipermetropia afetam as pessoas que precisam usar óculos.

A miopia, que é a dificuldade de enxergar à distância, trata-se de um erro de refração que impossibilita a luz que entra pelos olhos de chegar até a retina (o “filme fotográfico). O globo ocular dos míopes são mais extensos e, por isso, a imagem se forma antes da retina, e não sobre ela, o que faz com que a decodificação da luz em informações seja precipitada e chegue de maneira errada no cérebro;

A hipermetropia, que se trata da dificuldade de enxergar de perto, é basicamente o oposto da miopia. Quem sofre deste problema geralmente tem o globo ocular um pouco mais achatado. Por isso, a imagem se forma depois da retina (o “filme fotográfico”), e não sobre ela, o que também faz o cérebro ter dificuldade em processar corretamente a imagem;

O astigmatismo, que embaça a visão tanto de perto quanto à distância, é um erro de refração que afeta principalmente a córnea, que em vez de ser côncava, torna-se ovalada. Isso faz com que a luz chegue “desfocada” na retina, onde a imagem é processada.

Consulta e Revisão : Dra. Francyne Veiga Reis Cyrino

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